este é "serpentário", um poema sobre um tipo de azar que não é tanto azar assim:
sou protegido pelos deuses das más escolhas
(meu ascendente é o fundo infinito
deste copo repleto do mais líquido veneno
destilado em escorpião, encomendado por vênus
que escorre suave pela mão esquerda
enquanto o ferrão preso ao antebraço
fratura a hidráulica das veias
se houvesse nos signos o eixo do erro
passaria por mim, sol em serpentário
lua deslocada de órbita e trazida ao chão
saturno cruzando tristes trópicos
que cortam estrelas ao meio e as explodem
em mil deuses das más escolhas)
deuses que me escolhem você
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