acho que travaria uma batalha pela conquista do seu nome
em que, no fim, encontro algum tipo de paz
oi, tudo bem? feliz 2023!
que delícia que é começar esse novo ano com Lula na presidência, sinalizando a volta de tempos melhores, mais democráticos e humanos. não tão delícia é ver o verão sendo engolido (aqui no sudeste) pelo frio e a chuva incessantes. mas o saldo ainda é positivo.
a newsletter de hoje, primeira do ano, fala sobre encontros. esse é um tema que tenho exercitado bastante, na forma do encontro com amigos, familiares e com pessoas presas entre esses dois grupos. é isso o que espero do meu ano, que ele sirva para trazer para perto tudo o que torna a vida melhor.
espero que você goste do texto e que tenha também um ótimo ano :)
i.
sabe, te encontrei como se encontra uma revista empapada de páginas não lidas, ainda cheirando à banca de jornal (seu osvaldo nunca me vendeu revistas pornográficas, embora duas vezes quase)
ii.
tenho suspeitado cada dia mais que uma notícia que tivesse seu nome me chamaria mais a atenção que uma manchete em caixa alta a anunciar o fim das guerras, a chegada da tão ansiada época da paz eterna
cá entre nós, não acredito em paz. gosto que nas guerras tudo é urgente e prefiro tratar como para hoje as mínimas preocupações de amanhã (na verdade, não prefiro, mas ser assim — um inútil à espera — é parte do meu arsenal)
iii.
sim, acho que travaria uma batalha pela conquista do seu nome, para que tivesse o direito de dizê-lo sempre a plenos pulmões, gritando, e para que todos temessem ser os próximos que eu invadiria para poder também gritá-los
iv.
diante de tudo isso, talvez, quem sabe (é uma hipótese), eu começasse a olhar para a paz como algo em que fosse possível acreditar
uma música
passei a semana ouvindo bastante Castello Branco, mais especificamente os álbuns Sintoma e Niska. minha música mais ouvida foi Assuma, que recomendo aqui. gosto especificamente desta parte dela:
A língua que a gente entende é o amor
O corpo que a gente tem que assumir
Quando o nosso ser insiste
Não há ninguém que possa mais
é bom demais se emocionar, não é não?